terça-feira, 29 de outubro de 2013

A MÔNADA, A ALMA E A PERSONALIDADE



No início, Deus criou filhos e filhas no estado espiritual. Ele criou o que esotericamente chamamos de “mônadas” ou centelhas espirituais individualizadas do Criador. A mônada também é chamada “Presença do Eu Sou”. Essa  foi a nossa primeira inteligência e a nossa primeira identidade individualizada.
A centelha divina, também chamada de espírito, é nossa identidade verdadeira. A mônada, ou centelha divina, decidiu com seu livre-arbítrio que queria experimentar uma forma do universo material mais densa do que aquela em que ela estava vivendo.
Cada uma das nossas mônadas criou, com o poder de sua mente, doze almas. É como se a mônada projetasse doze dedos de fogo, e na extremidade de cada dedo estivessem as doze almas individualizadas. Cada alma é uma representação parcial e diminuta do seu criador, a mônada. A alma também é conhecida como o eu superior, a mente superconsciente e a mente superior.
Resumindo, Deus criou números infinitos de mônadas, ou centelhas espirituais, e cada uma delas criou doze almas para experimentar uma forma mais densa de matéria do que a anterior. A alma, desejando experimentar uma forma ainda mais densa do universo material, deu origem a doze personalidades ou extensões de alma que encarnaram no universo material mais denso. Nós, na Terra, somos personalidades, ou extensões de alma, da nossa alma, do mesmo modo que a nossa alma é uma extensão de uma consciência maior, a nossa mônada. Nossa mônada é uma extensão de uma consciência ainda maior, que é Deus, a Divindade, o Pai e a Mãe de toda a criação.
Desse modo, todos nós temos na Terra uma família de almas, por assim dizer, de onze outras extensões de alma. As outras onze extensões  podem estar encarnadas neste ou em algum outro planeta no infinito Universo de Deus. Nossas outras extensões de alma podem não estar encarnadas num corpo físico neste momento, podendo habitar um dos outros planos espirituais de existência.
As onze extensões da nossa alma, ou personalidades, podem ser consideradas nossa família de almas mais próxima. Ampliando essa metáfora, então temos também uma grande família monádica. Cada um de nós tem doze em nosso grupo de almas e cento e quarenta e quatro em nosso grupo monádico.
O Mestre Ascensionado Djwhal Khul afirmou que há sessenta bilhões de mônadas operando em nosso sistema planetário terrestre. Se multiplicarmos sessenta bilhões por cento e quarenta e quatro, teremos o número de extensões de alma, ou personalidades, envolvidas no processo de reencarnação neste planeta.

Fonte: A realização da ascensão nesta existência - Joshua David Stone

A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO



A seguinte história sobre a criação é surpreendente e muitas vezes inacreditável. Todas as informações vêm diretamente de canalizações da Mente Universal feitas por Edgar Cayce e por outras fontes, como Djwhal Khul, Ruth Montgomery, a Fundação Tibetana e formas de canalização semelhantes. O espantoso é que todas essas diferentes fontes narram uma história basicamente parecida.

No início, havia apenas uma fonte de Luz, a presença única, chamada Deus. Em Sua imensa alegria e amor, Deus queria criar, expressar-se. A partir desse estado indiferenciado, Deus criou sóis, luas, galáxias, universos, e gostou do que havia feito. Mas alguma coisa estava faltando: companhia. E então Deus quis criar seres autoconscientes que pudessem compartilhar com Ele a alegria da criação. E, assim, da infinidade de Deus surgiram trilhões de centelhas de luzes feitas à Sua imagem.
Dessa expressão também surgiu Amílio, a Luz, a primeira expressão da mente divina, a primeira manifestação do espírito. Todas as almas foram criadas no início, e todas eram andróginas. O aspecto singular relacionado com a nossa criação era o livre-arbítrio.
Ao sermos criados fomos lançados na vastidão do universo, e saímos criando como Deus cria, com nossas mentes, ampliando Seu reino. Éramos perfeitos, e esse era o estado edênico. Em nossas viagens através da infinidade de Deus, descobrimos o universo físico, ou material, e ficamos intrigados, porque no início não tínhamos corpos físicos, apenas corpos espirituais.
Então começamos a projetar uma parte de nós para, digamos, a Terra, a fim de explorar a beleza da matéria. Na verdade, não havia nada de errado com isso, porque todo o infinito universo era uma espécie de “parque de recreação”. Começamos a projetar uma parte de nós numa árvore para ver como ela era. Depois, numa rocha, para ver como ela era. E, em seguida, num animal, para experimentar como era comer grama e como era nos relacionarmos com os outros animais.
Fazíamos isso com tudo o que víamos, e então nos projetávamos de volta aos planos espirituais. Assim, com o incrível poder da mente e da imaginação, criávamos também formas-pensamento de animais. Essas formas-pensamento começaram a se tornar densas e passamos a habitar nessas criaturas do mesmo modo como podíamos habitar num animal que já tivesse sido criado.
Tudo ia bem até o momento da criação ao qual a Bíblia se refere como a queda do homem. Foi nesse momento que, por causa da nossa excessiva identificação com o universo material, esquecemos quem éramos. Fomos presos na densidade da matéria e pensávamos que éramos os animais ou as criaturas de formas-pensamento que havíamos criado.
Com a ilusão de que nossa identidade era material, e não espiritual, teve início a espiral descendente da criação. Nesse momento, teve início o “ego”, um sistema e uma filosofia de pensamento baseados na crença ilusória da separação, do medo, do egoísmo e da morte.
Esse fenômeno de almas sendo cada vez mais profundamente presas na  ilusão da matéria continuou em proporções alarmantes. Amílio (uma encarnação de Jesus) e outros seres elevados que não haviam caído sabiam que alguma coisa precisava ser feita para ajudar seus irmãos e irmãs, pois o homem continuava criando um conglomerado de monstruosidades para satisfazer seu desejo incontrolável.
O homem criou ciclopes, sátiros, centauros, unicórnios, corpos de animais com cabeças humanas, seres com cascos, com garras, com penas, asas e rabos. Com isso, ficou preso em corpos grotescos, que não eram adequados para filhos e filhas de Deus, e chegou a criar a primeira fêmea, de nome Lilith, que precedeu Eva. Essa projeção também foi criada para satisfazer seus desejos carnais egoístas.
O plano que Deus e a Força Divina idearam para corrigir essa situação foi a criação de cinco raças físicas nos cinco continentes do planeta. Cada raça tinha uma cor de pele diferente. Nenhuma cor de pele era melhor que a outra, pois cada uma se destinava a uma condição climática diferente. Certas cores de pele adaptaram-se melhor a determinados climas.
Esse plano consistia em que todas as almas presas na matéria encarnariam em corpos humanos mais perfeitos e mais apropriados a filhos e filhas de Deus. Assim, o homem não descende do macaco, como os evolucionistas sugerem; nós fomos criados.
Depois da criação das cinco raças, houve cento e trinta e três milhões de almas na Terra. A raça vermelha viveu na Atlântida e na América; a marrom, nos Andes e na Lemúria; a amarela, no Deserto de Gobi e na Ásia Oriental; a negra, no Sudão e nas partes altas da África Ocidental; e a branca, no Irã, ao longo do Mar Negro, e nos Montes Cárpatos da Europa Central.
O plano básico que Deus criou previa a reencarnação: as almas encarnariam nesses corpos humanos e não mais em corpos animais para readquirir a consciência de sua verdadeira identidade de seres divinos e para aprender a demonstrar isso na Terra, começando então seu retorno ao Criador.
Esse ato de criação acorreu há dez milhões e meio de anos. As influências animais criadas pela queda e as projeções iniciais de formas-pensamento de animais não desapareceram completamente da Terra até por volta de 9000 a.C.. Remanescentes dessas criaturas patéticas foram retratados mais tarde em nossa mitologia e nas artes assíria e egípcia.
Outro fator relacionado com a criação de animais grotescos foi que no início dos tempos os seres humanos podiam procriar com espécies animais e com seres grotescos. Depois que as almas humanas foram separadas em machos e fêmeas, Deus impôs leis divinas que impediram os seres humanos de gerar prole com outras espécies.
O homem era capaz de viver mil anos no mesmo corpo, até que outra lei divina foi estabelecida para mudar essa situação, porque as almas precisavam ter condições de refletir mais nos planos interiores sobre o propósito e a razão da encarnação.
Amílio (a primeira encarnação de Jesus Cristo) desceu para a matéria e tornou-se o primeiro Adão na época da criação das cinco primeiras raças-raízes. Adão foi o primeiro da raça aperfeiçoada, o primeiro dos filhos de Deus, contrariamente ao que a Bíblia se refere como as filhas dos homens. Adão, assim como Eva, era um indivíduo, mas também um símbolo de todas as cinco raças.


Fonte: A realização da ascensão nesta existência - Joshua David Stone

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"VOCÊS SÃO DEUSES"



“Vocês são Deus”, palavras ditas por Sai Baba a pessoas que o questionaram a respeito de sua divindade. Diante de tal afirmação, o questionador talvez reagisse com perplexidade ou descrédito; ou poderia simplesmente nada aparentar, como se a afirmação não tivesse nada a ver com a realidade. Ainda assim, é esta a verdade básica sobre  nossa identidade humana que Baba tentou transmitir.

As sementes desta verdade foram plantadas há muito tempo na sabedoria dos Upanishads da Índia e têm sido fertilizadas através dos séculos por vários grandes mestres do mundo, inclusive Jesus, que disse: “Eu estou em meu Pai e vocês em mim e Eu em vocês.” (João, 14:20)

No entanto, a nossa tendência tem sido ignorar, ou usar como atenuante, tais afirmações de nossos líderes espirituais. Conhecendo nossas próprias fraquezas e vícios, sem dúvida parece tolice, se não blasfêmia, pensar em nós mesmos como sendo divinos. Assim seguimos em frente através dos anos e das monopolizadoras gerações, como nos é revelado em nosso sonho mortal, sem perceber que estamos sonhando, ou que existe um sonhador para além do sonho.

E se aceitarmos como hipótese que nós, seres humanos, somos de alguma forma incompreensíveis partes de Deus, raios divinos, talvez, refletindo Sua imagem em diversos espelhos, ou sementes lançadas no seio da terra pela Divina Árvore, e se assim for, em que somos diferentes dos que louvamos como messias, mensageiros divinos ou avatares?

Um escritor americano certa vez disse a Sai Baba: “Se somos o que você diz, então somos todos avatares, divindades descidas na matéria.” Alguns devotos sentados na sala ficaram ofendidos com esta afirmação presunçosa. Entretanto, por um lado ela é verdadeira; por outro, não é. A diferença básica é essa, o avatar está consciente de sua descida e conhece sua identidade divina. Nós, ao contrário, não estamos conscientes da nossa descida e nos encontramos em total ignorância a respeito de nossa identidade.

Esse é o erro mortal, ou senso de separação (o pecado original), no qual nascemos. Sai Baba explicou isso ressaltando amavelmente que a única diferença entre ele e nós reside no fato de que ele sabe quem é, enquanto nós, que somos essencialmente da mesma natureza, não sabemos disso. Muito tempo atrás o Buda deu uma explicação semelhante para seus discípulos, só que usou a palavra Buda significando Ser Iluminado, ao invés da palavra Deus.

Fonte: Trilhando o Caminho com Sai Baba - Howard Murphet