quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

DHARMA


Da raiz do verbo sânscrito dhri (segurar), dharma é aquilo que mantém unidas nossas atividades internas e externas. Uma simples definição de Dharma é Prema e Shatya em ação.

Quando o Amor Divino guia nossos passos, e o caminho é iluminado pela Sabedoria Divina, tudo o que fazemos será verdadeiro ao mais elevado dharma. Mas até que esse momento seja alcançado, devemos evitar agir de acordo com os caprichos da nossa mente desejo e chamar isso de nosso dharma.

O que então deve guiar-nos? Postes sinalizadores para direcionar nossas ações estão relatados nas escrituras das grandes religiões. As escrituras, portanto, são um guia ao dharma correto em seus aspectos de retidão, moralidade, bondade e justiça.

Hoje também temos, para guiar-nos, os explicativos ensinamentos de Sai Baba. Ele renovou e pintou os antigos postes sinalizadores. Mas se por vezes ainda achamos difícil tomar decisões certas, a graça de Baba estará sempre lá para nos ajudar.

Além disso, existe a fórmula de Karma Yoga que Baba mencionava frequentemente como o ideal a manter em tudo o que fazemos. “Não anseie pelos frutos de tuas ações. Faça seu dever com Amor no coração e deixe os resultados de todas as suas ações na mãos de Deus".

Trata-se de um ideal para ser alcançado progressivamente. Quando trabalhamos primeiramente pelo bem-estar de nossas famílias, isso já é um começo. Quando tivermos incluído o bem-estar da humanidade, estaremos próximos do ideal. Este ideal é alcançado quando somos capazes de discernir o Propósito Divino em toda as coisas e pudermos trabalhar em harmonia com ele. Isto, é claro, requer muito amor e muita sabedoria, mas devemos continuar a nos mover em sua direção.

Aqui estão algumas indicações dadas por Sai Baba para evitar que nossos passos se desviem.

“Quem quer que domine o egotismo, conquiste os desejos egoístas, destrua sentimentos e impulsos bestiais e abandone a tendência natural de se considerar o corpo como o Ser, está certamente no caminho do Dharma”.

“Em todas as suas atividades mundanas você deve ser muito cuidadoso para não danificar propriedades ou princípios de boa natureza. Você não deve trair as sugestões da Voz Interior, isto é, você deve em todos os momentos estar preparado para respeitar os comandos de sua consciência. Você deve observar seus passos para ver se você está atrapalhando o caminho de alguém. Deve estar sempre vigilante para descobrir a Verdade por trás da cintilante variedade deste mundo”.

Mas “os códigos objetivos do Dharma relacionados às atividades mundanas e à vida diária, embora importantes em suas próprias esferas, têm que ser seguidos com completo conhecimento e consciência do Básico e Interno Atmadharma, o Dharma do Ser Divino Interior. Apenas então poderão os impulsos internos e externos cooperar e produzir a benção do progresso harmônico”.

Por ser o nosso objetivo básico encontrar nosso caminho de volta a Deus, e esse propósito deve ser eventualmente alcançado, o Dharma é uma “chama de luz que nunca pode ser extinta”. Entretanto, embora a chama não possa ser extinta, ela pode por vezes ser ocultada, como acontece nos afazeres do mundo atual.

Sai Baba dizia: “Quando o Dharma não é usado para transmutar a vida humana, o mundo é afligido por agonia e medo; ele se torna atormentado por revoluções tempestuosas”.

Com o passar do tempo as pessoas se acostumam ao estado das coisas à sua volta, e não percebem seu declínio. Isso aconteceu ao Dharma. Mas a selva espinhosa do Dharma mundial deve ser limpa e trazida de volta aos campos sorridentes. Isso pode ser feito pelo Avatar e seus ajudantes. Todos os que amam o bem e a verdade devem ajudar na restauração dos imaculados campos dhármicos, abandonando pelo menos o ódio em relação aos outros, e empenhando-se para cultivar tolerância, concórdia e harmonia.

“Através da concórdia e da harmonia o mundo irá se tornar dia a dia um lugar de felicidade, livre de inquietação, indisciplina, desordem e injustiça”.

Eis três máximas de Sai Baba para ajudar o indivíduo a viver uma vida dhármica e assim restaurar o degradado Dharma do mundo:

“Faça o bem; veja o bem; seja bom. Deus ama a bondade.”

“Dever, com amor, é desejável. Amor, sem dever, é divino.”

“Deus está onde está o Dharma; e onde Deus está, está a vitória.”

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