Esta palavra vem do sânscrito sat, que significa “Ser Verdadeiro”, e Sathya é a linha mestra dada por Sai Baba para guiar-nos na busca pela Verdade do Ser através da aquisição de conhecimento. Existem dois tipos de conhecimento, mundano e sagrado. “Se nós não acumularmos conhecimento, não é possível alcançarmos a transformação”, dizia Sai Baba.
Em seus escritos e discursos, muitos dos quais foram publicados em forma de livro, Baba se concentrava no conhecimento sagrado, até o ponto em que pode ser transmitido em palavras, de Deus, do Universo e do propósito aqui na Terra. Em sua palestras, Baba revelou muitas variações acerca destes temas. Há necessidade de tais variações, diferentes abordagens verbais, ênfases e ilustrações devido aos diferentes níveis mentais e espirituais e aos variados backgrounds culturais de seus ouvintes. Desta forma ele forneceu alimento a todos eles.
Para a média das pessoas que desde cedo foi treinada em alguma religião ortodoxa, ou em absolutamente nenhuma religião, talvez os ensinamentos de Baba possam parecer, de início, bastante estranhos, ou até mesmo revolucionários, particularmente o conceito de sermos unos com Deus. Mas se buscarmos em nossas próprias escrituras, iremos encontrar essa mesma verdade, tal como foi relatada nos escritos místicos.
Aos estudantes da Sabedoria Antiga, encontrada na base de todas as religiões, os ensinamentos de Sai Baba não são nada estranhos. Eles simplesmente dão vida nova e vitalidade às verdades espirituais que são tão antigas quanto o tempo. Mas a poeira dos tempos está acumulada no eterno sino da verdade; ele precisa ser limpo para que possa novamente ecoar a Mensagem Divina através do mundo.
Ao mesmo tempo, Baba ensinou que o conhecimento adquirido pela cabeça nunca pode, por si próprio, conduzir-nos ao objetivo da vida. Na verdade, o centro de Sathya habita as profundezas do coração espiritual. E é de lá que vêm as mais profundas sugestões e ideias enraizadas. Mas elas precisam ser canalizadas pela mente para serem formuladas em pensamentos e palavras. Expressar essas profundas verdades do coração em palavras é, entretanto, uma difícil operação, e talvez nunca inteiramente realizada. Por isso a necessidade da mitologia, para fazer lembrar essas verdades inexprimíveis.
Algumas pessoas, devido aos temperamentos e treinamentos, devem começar a buscar a verdade suprema através do conhecimento, isto é, ao longo do caminho de Jnana. Entretanto, tudo o que irão descobrir é que, em algum ponto, devem encontrar e se unir ao caminho de amor e devoção. O conhecimento sozinho irá secar o coração e levar ao egotismo e orgulho espiritual. Portanto, é mais importante misturá-lo, logo que possível, ao lubrificante do Amor Divino.
Ao colocar a devoção em primeiro lugar, Sai Baba se empenhou em balanceá-la com o conhecimento. Por todo o mundo os grupos Sathya Sai se encontram para cantar canções devocionais, bhajans. Eles gostam desta prática, mais do que de qualquer outra, e muitos não gostariam de fazer nada além disso nas reuniões. Mas Sai Baba insistiu que eles incorporassem períodos regulares de estudo e debate para ampliar seus conhecimentos e compreensão e conduzir uma evolução balanceada.
O Caminho Sai integra coração, cabeça e a mão também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário